segunda-feira, 18 de maio de 2020

História de Montemor -o- Velho



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  Montemor-o-Velho

Montemor-o-Velho é uma antiga vila cujos vestígios remontam à Pré-história, designadamente ao período Neolítico. Existem referências documentais ao seu castelo desde o século IX. Em 848, Ramiro I das Astúrias passou a dominar o castelo de Montemor, mas a reconquista definitiva do Mondego foi empreendida pelo Rei Fernando Magno de Leão, que entregou o castelo ao Conde Sesnando. Este castelo é bastante bonito de visitar, estando em bom estado de conservação. De lá se desfruta de uma bela vista sobre os arrozais do rio Mondego e restantes terrenos de cultivo. 

A sua importância estratégica fez desta vila um centro de atração, tendo recebido o primeiro foral em 1212. Montemor foi ainda, durante séculos, terra de infantado, primeiro de Sancho I e D. Teresa, depois de D. Afonso IV (1322), mas também de D. Pedro, Duque de Coimbra (1416). Em 1472, D. Afonso V faz Marquês de Montemor-o-Velho D. João de Portugal, mais tarde Duque de Bragança. 
A vila de Montemor-o-Velho, no âmbito canónico, teve, na Idade Média, e até finais do século XIX, cinco paróquias: Alcáçova, São Martinho, São Salvador, São Miguel e Santa Maria Madalena. Com a extinção das três últimas, Dom Manuel Correia de Bastos Pina, bispo-conde da Diocese de Coimbra, por decreto de 30 de Julho de 1874, criou uma só paróquia para Montemor-o-Velho, aglutinando a de Santa Maria d'Alcáçova, a principal, e a de São Martinho, a maior do arrabalde, facto também atestado numa lápide colocada na frontaria da Igreja de São Martinho. De acordo com o Padre Dr. José dos Reis Coutinho, na sua obra "Comemoração dos Novecentos Anos da Igreja de Santa Maria da Alcáçova", em 1995, refere que "(...) Ambas (as igrejas) têm igual personalidade canónica desde aquele decreto. Na função paroquial e na prestação de serviços pastorais à comunidade nenhuma diferença as separa porque formam um só unificado, que nem o decreto de classificação como monumento nacional – de 16 de Junho de 1911 – pode alterar, porque acima está a Concordata celebrada com o Estado português em 7 de Maio de 1940 e as estipulações acerca do serviço pastoral". E acrescenta: 
"1874, Julho, 30, Montemor – Em cumprimento do decreto do Bispo-Conde, Dom Manuel Correia de Bastos Pina, é executada esta determinação com a colocação de uma lápide de mármore na frontaria da igreja de São Martinho, dizendo que constitui uma só paróquia com a igreja de Santa Maria d'Alcáçova". 

Montemor-o-Velho é uma vila portuguesa do distrito de Coimbra, situada na província da Beira Litoral, região do Centro (Região das Beiras) e sub-região Região de Coimbra, com cerca de 3 100 habitantes. 
É sede de um município com 228,96km² de área subdividido em 11 freguesias. O município é limitado a norte pelo município de Cantanhede, a leste por Coimbra e por Condeixa-a-Nova, a sul por Soure e a oeste pela Figueira da Foz. Situa-se a uma altitude média de 5 m acima do nível médio do mar. 
Trata-se de um dos poucos municípios de Portugal territorialmente descontínuos. O caso de Montemor-o-Velho é único no contexto português, pois a descontinuidade do concelho deve-se à existência, na zona sudeste do seu território, de um pequeníssimo enclave pertencente ao vizinho concelho de Soure (freguesia de Figueiró do Campo), encaixado entre as freguesias montemaiorenses de Pereira e Santo Varão. 
A vila de Montemor-o-Velho possui uma das melhores pistas para canoagem da Europa, sendo um local que já recebeu provas internacionais dessa modalidade. A Seleção Nacional de Canoagem treina com regularidade nesta pista.

LFCS Filipe Sousa

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